De acordo com o Tenente-Brigadeiro do Ar MaurÃcio Augusto Silveira de Medeiros, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a operação faz parte de uma estratégia nacional para ampliar os lançamentos espaciais.
Ele destaca que o Brasil poderá atender à demanda mundial crescente por experimentos cientÃficos e tecnológicos, como os realizados pelo Programa de Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Nesta primeira etapa, será lançado um foguete VS-30, com oito metros de comprimento e quase uma tonelada de combustÃvel sólido. O objetivo é treinar a equipe do CLBI e testar os equipamentos e processos envolvidos. Desse modo, durante o lançamento, o desempenho, trajetória e sistemas de telemetria serão monitorados para garantir o sucesso da missão.
Prevista para o segundo semestre de 2025, a segunda fase utilizará outro foguete do mesmo modelo. O foco será a qualificação do sistema de recuperação da parte superior do veÃculo, conhecida como Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), responsável por carregar experimentos e sistemas eletrônicos.
Ao mesmo tempo, a operação representa um marco para o CLBI, que retoma sua capacidade de lançamentos suborbitais e fortalece o Programa Espacial Brasileiro. Com isso, o paÃs poderá realizar lançamentos completos, desde a coleta de dados até a recuperação das cargas enviadas ao espaço, aumentando a independência tecnológica do Brasil.
O VS-30 é um foguete de sondagem monoestágio, não-guiado, com propulsão sólida. Desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), pode atingir altitudes superiores a 150 quilômetros, com velocidade máxima de 6 mil km/h. Além disso, sua plataforma de microgravidade permite a realização de experimentos em ambiente controlado durante o voo.
A Operação Potiguar posiciona o Brasil como um potencial competidor no mercado global de lançamentos suborbitais, abrindo novas oportunidades para o setor aeroespacial nacional.
A princÃpio, o CLBI foi criado em 1965, mesmo ano em que ocorreu o lançamento do primeiro foguete a partir de Parnamirim (RN). Até hoje, mais de três mil lançamentos, divididos em 655 operações, ocorreram nas plataformas do Centro.
Subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o CLBI se mantém focado na atividade de rastreamento. Com a Operação Potiguar, a FAB reativa a operação de foguetes suborbitais no Rio Grande do Norte (RN), passando a atuar, também, no lançamento, na coleta de dados e, por fim, na recuperação da carga útil. ‎
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