Em uma bateria eletrizante, Keegan Palmer, da Austrália, registrou 93.11 em sua primeira tentativa e levou o bicampeonato para a casa. Com 92.23, Tom Schaar, dos Estados Unidos, ficou com a prata.
Além do bronze de Akio, entre os brasileiros, Pedro Barros terminou com a quarta colocação. Luigi Cini ficou em sétimo.
A bateria começou tensa. Na primeira rodada de voltas, todos os skatistas arriscaram e apenas Keegan Palmer, da Austrália, e Tom Schaar, dos Estados Unidos, completaram todas as manobras.
Na segunda tentativa, o cenário começou a mudar. Primeiro a ir para pista, Akio conseguiu uma rodada espetacular, mas caiu na última manobra e não completou a volta. Mesmo assim, recebeu 81.34. Luigi Cini novamente foi ao chão.
Para levar o bronze, Akio completou todas as manobras e cravou 91.85 justamente em sua última tentativa. Cini também fez bonito, mas caiu novamente. Pedro Barros completou sua volta final e levou o público ao delírio, no entanto, não conseguiu nota suficiente para entrar na zona de pódio, terminando na quarta colocação.
Mais cedo, os brasileiros entraram em ação para a bateria de qualificação do skate park. Entre os favoritos para o pódio, eles rapidamente cravaram boas notas e mostraram que iriam arriscar na busca pela medalha.
Em uma estratégia da comissão técnica, os skatistas do País usaram a primeira volta para pontuar, mas com segurança. Assim, Pedro Barros e Luigi Cini marcaram suas melhores notas nas tentativas iniciais e ousaram nas seguintes. Apesar de terem caído nas duas últimas, foi possível perceber que eles tinham cartas na manga para ir longe em Paris.
Por outro lado, Akio classificou com o 88.98 da tentativa final. No entanto, os 88.79 da primeira volta já seriam suficientes para a classificação. Com essa estratégia, o trio avançou com as três menores notas da qualificação.
O Brasil foi o único País com três representantes na decisão. Estados Unidos e Austrália também se destacaram com dois atletas cada. A Itália colocou um competidor na final.
Essa é apenas a segunda vez que o skate park faz parte do programa olímpico. Em Tóquio-2020, Pedro Barros foi um dos destaques da competição e conquistou a prata. Na ocasião, o Brasil também foi representado por Pedro Quintas e Luiz Francisco na final. Aliás, o pódio quase foi duplo com Luizinho terminando em quarto.
Entre as mulheres da modalidade, o Brasil bateu na trave na tarde de ontem. Dora Varella foi a quarta colocada da final com 89.14, pouco atrás da britânica Sky Brown, que assegurou o bronze com 92.31.
Além do park, o País também é destaque na modalidade street em Jogos Olímpicos. Na edição de estreia, Rayssa Leal e Kelvin Hoefler alcançaram a medalha de prata. Em Paris, a Fadinha novamente voltou ao pódio, desta vez com o bronze.
Prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, e sexto melhor no ranking mundial, Augusto Akio começou a andar de skate aos 7 anos. Foi o esporte que ajudou o garoto introvertido a socializar e fazer amigos. E, não à toa, ganhou todo o apoio da família, em especial do pai, Altamiro Alves dos Santos.
Foi na adolescência que Japinha começou a se destacar no cenário nacional da skate park. Em 2019, conquistou o bronze no Mundial de Skate Vert, em Barcelona. Mas, após uma eliminação precoce no Mundial de Park, em São Paulo, ficou fora de Tóquio. A derrota, no entanto, serviu como incentivo para o paranaense perseverar e chegar até Paris.
Além do talento sobre as rodas, Akio também não esconde o amor pelos malabares. Ele começou a praticar a arte há quatro anos, quando ficou impossibilitado de andar de skate por causa de uma lesão no quadril.
Polícia Federal deflagra operação em combate ao abuso sexual infantil praticado via internet neste momento em cidade da Paraíba. |